sábado, 7 de novembro de 2015

Como despertar o amor pela leitura

O incentivo pela leitura deve começar de forma natural, pelo contato do aluno com o livro, pela curiosidade e pelas oportunidades que escola e família oferecem 

Folha Vitória 

Era uma vez uma criança que tinha como melhor amigo um livro. Essa amizade nasceu de forma espontânea, mas contou com duas ajudas muito especais: a família e a escola.

Teresa Spinassé, coordenadora pedagógica da Escola da Ilha, afirma que a escola é indispensável no processo de despertamento da criança pelo prazer da leitura, porém é preciso conhecer e respeitar as preferências de literatura do aluno. “A primeira coisa é não obrigar a criança a ler. O incentivo à leitura começa pelo contato que ela tem com livros, é viver o livro, entendê-lo. O começo do gosto pela leitura começa pelo aspecto emocional, pelo gostar do livro”, explica a especialista.

Algumas medidas na escola são interessantes para fomentar o gosto pela leitura. Ler em voz alta, deixar que a criança pegue o livro sem intervenção de um adulto, ter uma biblioteca com livros atualizados e conservados, e deixar que os alunos levem os livros para casa são medidas que aproximam os pequenos da paixão para ler.

Já a família entra com o exemplo. Se a leitura é um hábito dentro de casa, se a criança vê o pai, a mãe e os irmãos lendo e gostando de ler, ela se sentirá mais à vontade para participar desse processo. 

Tudo no seu tempo

A maioria dos pais traz consigo a ansiedade de ver o filho lendo seu primeiro livro. Mas isso é um processo que tem etapas que precisam ser respeitadas. Segundo Teresa, já está comprovado que a idade que a criança aprende a ler não quer dizer inteligência. “Precocidade não é sinônimo de inteligência, essa pressa excessiva é até pior. Estimular é diferente de forçar”, orienta.

A coordenadora pedagógica explica que a faixa média de leitura é de sete anos, mas algumas chegam a aprender com quatro. O mais importante, segundo Teresa, é instigar a curiosidade pelo livro, o contato com ele, e, assim, a leitura virá naturalmente. O pisca-alerta precisa ser ligado se a criança já estiver com cerca de 10 anos e, ainda assim, apresentar dificuldades na leitura.

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