sábado, 19 de junho de 2010

Somos o que Lemos

Aguiar Gama

Inicialmente, indagamos: O que ler e como ler? “O que vou ler? Mas eu não gosto de ler! Por que insistem tanto na leitura?” Pois bem, uma dificuldade pode estar na escolha do conteúdo e na forma da leitura. Várias são as vantagens para quem possue o hábito da leitura. Cada tipo de comunicação tem uma linguagem específica. A linguagem escrita, com a qual entramos em contato pela leitura, nos envolve de forma global.

E por isso pode causar em nós uma verdadeira revolução. Ler não é apenas um ato mecânico. “Aprender a ler não é só adquirir um novo código lingüístico é também ter acesso a um mundo diferente daquele em que a oralidade se instala e se organiza”. Para o escritor Ivan Ângelo “ler é um ato libertador.

Quanto maior vontade consciente de liberdade, maior índice de leitura”. E continua: “Saber ler e executar esse ato é, em última instância, possuir mais elementos para pensar sobre a realidade e sobre as nossas condições de vida”. Segundo Marisa Tejolo, “somos um povo telespectador, somos um pais de leitores”. E acrescenta: “somos um povo sem tradição escrita”.

No Brasil, a imprensa Régia foi criada em 1808. Calcula a diferença? A evolução foi lenta, na década de 1920, os grandes livros ainda eram impressos na Europa. Sim, em 1918 foi criada a Editora Monteiro Lobato & Cia. No ano seguinte iniciou-se as atividades editoriais “ Urupês” . Diz Monteiro Lobato: “um país se forja com homens e livros”, embora, permanece somente no plano ideal.

A falta de conscientização sobre o hábito da leitura faz com que cada vez mais crianças, adolescentes e jovens tenham sérios problemas na organização do pensamento e na escrita. O ato de ler, de conhecer, de compreender, ajuda a viver com mais plenitude. Formar “ratos” de bibliotecas faz parte do processo de emancipação de um país. Um dos primeiros passos para formar leitores é oferecer livros e materiais que estejam próximos da realidade do leitor, que levantem questões significativas na sua vida.

Condições importantes:

;; A família e a escola são instituições imprescindíveis na influência sobre o hábito da leitura e também na orientação da escolha do assunto;
;; É oportuno salientar que ler deve ser um ato prazeroso. Cabe, portanto, à família, à escola, e demais grupos sociais, orientar, despertar o gosto pela leitura, mais do que obrigar a ler;
;; A escola poderá realizar encontros com os escritores, estudiosos e estudantes, organizar visitas culturais, providenciar livros, jornais, revistas, vídeos e outros recursos;
;; As escolas deverão viabilizar intercâmbios culturais, visando à integração com outras escolas;
;; Exposição de trabalho produzido pelos alunos. Tudo isso pode ajudar na motivação para tornar a leitura uma atividade prazerosa;
;; Firmar parcerias com entidades públicas e privadas no intuito de fortalecer o prazer da leitura.

Fonte: Overmundo

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